03 junho, 2008

Caranguejo

Meus caros ouvintes peixes, deixando as covas do mar, apresento-vosagora um outro elemento, ao qual algumas repreensões tenho também a fazer. Refiro-me, pois, ao caranguejo, vosso companheiro. Este excelentíssimo peixe, em mar e em terra se encontra. A vós, caranguejos, não vos chega um meio tão vasto como o mar? Tanta vaidade tendes que vindes também para a terra mostrar-vos, causando dor e sofrimento aos que à beira-mar passeiam, tal como vós gostais de fazer com o vosso vaidoso «tiquetar» de patas? Daqui, bem observo o vosso modo de andar na vida. Esse andar de lado, que só vós fazeis e que tanta ignorância e vaidade mostra. Atacais qualquer ser humano! Sois sorrateiro para com este e, no fim, agis como se nada fosse, simplesmente o ignorais. Reparai, peixes, que os Homens, no seu dia-a-dia, passam muitas vezes por ignorantes para não defrontarem a realidade e tentam passar despercebidos nalgumas situações. Associada a esta ignorância, está a vontade de mostrar serem mais do que aquilo que são, ou seja, está a vossa amiga vaidade, caranguejos.
Vede como eles olham de lado uns para os outros com ar de superiores?! Sim, meus caríssimos peixes, é este o andar de lado dos Homens.
Vede, caranguejos, como é a vaidade e a ignorância aqui na terra! Quereis seguir as pegadas dos Homens?

Ana Mendes, nº4
Marta Catarino, nº22
11º Act

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