Nasceu a borboleta no ramo de uma árvore
Onde moldou em seda o seu casulo.
Esticou as belas asas e voou
Banhada pelo Sol pôs-se a dançar.
Poisou no colorido de uma pétala
Bebeu néctar até que se fartou.
Ébria, enlouqueceu, então voou
Espalhando p'lo jardim a sua beleza.
Sonhou-se gente a linda borboleta
Sentiu-se a dona dos jardins
Dançarina dos gestos graciosos
— Mais bela do que todas as flores
Um pardal viu a cor a cintilar
E saltou, agarrando-a
A dança acabou sem graciosidade
— Borboleta!... que é do teu viver?!...
Daniela Medley
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