24 março, 2010

Entrevista aos candidatos ao Parlamento Jovem

Lista L

Preto no Branco - Como correu esta experiência de concorrerem ao parlamento jovem?
Lista L (Patrícia Teixeira)- No geral, correu bem. É claro que podia ter corrido melhor se tivessemos consiguido, no final, um maior número de deputados. Mas, como já disse, no geral correu bem. Elaborámos ideias novas, demo-nos conta do que não está bem, demo-nos conta que existem coisas que precisam de ser mudadas ou melhoradas. Achamos que podemos dizer que "acordamos para a politica"
PB- Qual era o programa da vossa lista?
Lista L- Este ano, foi-nos proposto o tema "republica". Dentro deste grande tema, a nossa lista preocupou-se, essencialmente, com o que é ser cidadão e com a educação civica e politica dos jovens portugueses. Assim sendo, elaborámos algumas propostas: criação de um grupo de jovens não partidario, com representação na A.R.; criação de um programa televisivo, que nos dê a conhecer o que se passa no orgão legislativo do nosso país; criação de uma associação de apoio aos jovens, tendo em vista a educação politica e civica dos mesmos.
PB- Acham que conseguiram transmitir o vosso principal objectivo?
Lista L- Pensamos que sim. Poderiamos colocar isso em causa, visto que a outra lista acabou por conseguir mais votos. No entanto, não colocamos, sabemos que demos o nosso melhor, que tentámos, através da campanha eleitoral, chegar ao maior numero de pessoas possivel. Temos consciencia que grande parte dos alunos conhece o nosso programa e as nossas propostas. No fundo todos conhecem o nosso principal objectivo: maior e melhor educação civica e politica para todos.
PB- O que retiram desta experiencia?
Lista L- Retiramos muito desta experiencia. Em primeiro lugar, ganhamos experiencia que nos sera muito util se, para o ano, quisermos concorrer novamente. Em segundo lugar, aprendemos a não nos conformarmos com o que não esta bem. Aprendemos que nós, jovens, temos o direito e o dever de fazer qualquer coisa pelo nosso pais. Em terceiro lugar, aprendemos a lidar com os jogos politicos, as estrategias, os enganos etc.
PB- Qual a fase que decorre seguidamente?
Lista L- Seguidamente, segue-se s fase distrital, na qual participam tres deputados de cada escola do distrito. A nossa escola conseguiu a representação de um deputado nesta fase.

Gonçalo Baptista
Diogo Almeida

O jornal Preto no Branco é seleccionado mais uma vez para o Projecto nescolas

Mais uma vez, fomos seleccionados para a iniciativa do Diário de Notícias e iremos participar no dia 26 de Abril, à tarde, no nescolas: alguns de nós irão entrevistar uma personalidade, que se deslocará à nossa escola e outros irão fazer a reportagem do evento.
Para mais informações sobre o regulamento vai a http://nescolas.dn.pt/index.php?a=home

...e o poeta voltou à Escola



No dia 18 de Março, na Biblioteca da nossa escola, o professor e poeta Joaquim Marques, fez, mais uma vez, uma sessão de leitura partilhada dos seus poemas com a adesão entusiasta de alunos e professores.

O poeta foi professor de Filosofia na nossa escola e tem voltado anualmente para estas sessões com os alunos, cujo objectivo é divulgar a sua obra e incentivar ao gosto pela poesia.

Fotos : Professora Leonilde Nunes
Texto: Diogo Almeida
Tânia Duarte

17 março, 2010

Die Welle – A Onda


“A Onda” – ou, originalmente, Die Welle – pode ser inicialmente entendida como um típico filme para adolescentes, em que os romances, as festas e as preocupações naturais da idade estão presentes, mas vai muito para além disso. Contém uma importante mensagem política, alertando-nos para a possibilidade de surgirem novos movimentos autocráticos, isto é, governos ditatoriais em que os dirigentes detêm o poder e controlo absoluto na nação, tal como a era de Hitler ou de Estaline.
Os jovens cuja vida parece não ter um significado nem um propósito sentem-se unidos por um objectivo comum quando o professor Rainer Wenger decide leccionar de forma diferente do método convencional, criando um movimento – que passaria a chamar-se “A Onda” – com o objectivo de demonstrar activamente como se constrói uma ditadura e quais os requisitos necessários e as suas características.
Embora no início os alunos tenham prontamente replicado que uma Alemanha Nazi nunca se poderia repetir dada toda a informação existente na actualidade, no decorrer do filme são os próprios alunos a evoluir para um movimento ditatorial que ultrapassa em tudo a sala de aula e o conhecimento do professor, pois começam a sentir que fazem parte de algo maior e mais unido, o que lhes dá confiança e a sensação de poder. Adoptam então por criar um símbolo, um cumprimento padrão e um estilo único para os membros do movimento, começando a excluir todos os que não pertencem àquela ideologia, sem sequer se aperceberem das implicações dos teus actos, de tão absortos que estão em submergir toda a Alemanha com a sua onda.
Assim, ao revelar uma geração de jovens que não tem nada para acreditar ou pelo qual há-de lutar, senão contra o sentimento de solidão, de infelicidade e a sensação de que são inúteis e de que não pertencem àquele país cuja carga histórica é enorme, compreende-se os ingredientes de que são feitas as grandes revoluções. Quando o Homem está infeliz, desorientado, descontente com toda a sua vida, procura a segurança de que existe algo melhor no futuro; procura um líder, procura controlo e certezas. Numa época em que tudo já foi inventado e a perspectiva de emprego não é risonha, os adolescentes lidam não só com os problemas hormonais e parentais, mas também com os problemas que a geração passada colocou nos seus ombros. Tudo isto contribui para a proliferação do sentimento de revolta e da necessidade de crer em algo superior, alguém que lhes diga o que fazer.
Tal como os jovens procuraram no professor um líder que lhes desse algo no qual pudessem acreditar e pelo qual pudessem lutar, existem em todo o planeta povos que precisam de voltar a sentir esperança de novo. Mas será que esses povos terão a consciência que os alunos do filme não tiveram para parar e reflectir sobre o movimento em que se estão a envolver, antes que o movimento os pare a eles?
E, se o que aconteceu no passado não é impeditivo para que aconteça novamente no futuro, então a Humanidade está a evoluir, permanecer no mesmo patamar ou entrar em ruptura?

Raquel Alves
(Aluna da profª Isabel Ramos)